Trump – POTUS 45

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Christian Bloom

O que dizer sobre a chegada ao poder daquele que tem potencial para ser, certamente, o Presidente dos EUA mais perigoso de sempre?

Penso que tudo o que haverá para dizer já foi dito, analisado, discutido e escalpelizado – para ser ridicularizado ou alvo de ameaças pelo próprio Trump.

Os próximos quatro anos prometem ser anos de retrocesso civilizacional para os EUA. Com uma administração que conta com um presidente com claras perturbações de personalidade – egocêntrico e narcisista, só para começar – e graves problemas de falta de formação cívica (ou desrespeito pela mesma) – misógino, racista, ignorante… Se se lembrarem de alguma adjectivo positivo para definir o Sr. Trump, por favor, não se inibam de o colocar nos comentários.

Meros dois dias depois de tomar posse o senhor:

  • Aparentemente já violou a constituição (como o senhor taxista, deve pensar que a constituição dos EUA é como as meninas virgens – e não me admira nada que pense assim).
  • Já revogou o Obamacare (retirando o acesso facilitado ao sistema de saúde norte-americano a milhões de pessoas defavorecidas – muitas dos quais votaram para o eleger como POTUS).
  • Tornou mais difícil a compra de habitação própria a famílias com menos recursos financeiros.
  • Vai retirar financiamento a programas específicos do governo americano, que patrocinam as artes e a ciência e ao sistema público de rádio e televisão.
  • Criou mal estar junto da comunidade dos serviços secretos americanos com o discurso que fez na sede da CIA.
  • Revogou as leis ambientais relativas à poluição da água e do ar e já prometeu que vai reverter todo o investimento feito na luta contra as alterações climáticas.
  • Já ameaçou os media norte-americanos devido à cobertura que deram à diferença entre as multidões que assistiram à tomada de posse Obama VS Trump (a principal conselheira já veio dizer que os números apresentados pelo Sr. Trump não são falsos – são “factos alternativos”).
  • Ridicularizou os milhões de pessoas que se juntaram às “Women’s March” que se verficaram um pouco por todo o mundo e, com particular incidência, nos EUA.
  • O líder do Ku Klux Klan já veio para o Twitter congratular-se com eleição de Donald Trump.
  • Prepara-se para transformar os EUA numa oligarquia, à imagem da Rússia do amigo (?) Putin (deve ter mais podres sobre ele do que o Dioguinho tem sobre as “celebridades” tugas).

Eu podia continuar aqui o resto da noite. Mas um homem que se comporta como um adolescente (que vai às redes sociais como uma virgem ofendida de que cada vez que dizem mal dele nos media), que de cavalheirismo para a própria mulher tem zero, que é (declarada e orgulhosamente) racista e xenófobo… Não se pode esperar nada de bom.

Apesar de tudo isto, e tal como diz Barack Obama, não podemos deixar que todos estes medos nos dominem. Apesar de tudo, o homem não pode fazer tudo o que quer. Tem quem o coloque em cheque. E, se o sistema de facto funcionar, não vai cumprir o mandato até ao final. Vai ser apanhado em falso. E as falcatruas que já cometeu no passado, e irá cometer no futuro, vão enterrá-lo.

Out Of The Dark

1

Out of the dark, the light shone.
Out of nowhere I dared hope, against all hope.

“Out of my way (darkness, loneliness, insecurities) I’m coming through!” – was my first thought.
Went all out, again. Hoping something was there, which actually isn’t. Something IS there – or so it was said. Just the wrong time – again.
Merely cracked a shell. Really hate time and (some) places.
Really hate this feeling called hope – really hate hope.

I really hate this hopelesseness I feel. I feel defenseless. Tired, unloved, alone and lonesome, depressed, insecure. I feel like there is no light, no real light.

“The soothing light at the end of my tunnel is just a freight train coming my way”

Not because of you.
Not because of the unfairness of the world.
Not because of everything else.
Because of me.
This unrelenting, uncanny ability I have of deluding and, ultimately, hurting myself.